quinta-feira, 6 de maio de 2010
diante dos meninos e das meninas
Fêmea poesia cortada ao meio
Fenda por onde e entra e sai todos os viventes
Corte no centro da carne daquela que sou filho
Corte nas pontas dos cabelos,
nas cores das coisas,
no limbo das asas, nos bicos dos seios
Fêmea, maçã e uva,
dona de duas taças que comportam
por completo os olhos de meu rosto
Corpo luxuoso repleto de guizos e anéis,
ela, são elas...
montando com palitos de fósforos as nossas casas,
as costuras das roupas,
os remendos de nossas peles e orgãos
Fêmea, egípcia fénix...
à bate asas sobre os panos,
sobre os quadrados de nossas bocas,
diante dos meninos e meninas
(edu planchêz)
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