sábado, 5 de junho de 2010
Subliminar
Onde enterrar esse medo moto-contínuo repleto de magnitude, de arraias, aranhas, e uma solicitude que me envolve como um amante, cheio de braços, mãos e fantasias. Fantasmas que dominam em uma auto-imolação desencadeando cismas e conflitos. E começo a pensar que fiz tudo errado, que excedi no tempo, cheia de quebrantos e feitiços. Corri demais, irremediavelmente obscena nos versos e sentimentos, não me poupei! Sempre no último movimento, como se fosse morrer. Atmosférica, cheia de cetins e entusiasmo. O fogo de Deus! Movimento ininterrupto de sangria. A alma a cair-me aos pés, cheia de ranhuras, a denunciar vida entre conflitos, curvas e todas as paixões a arderem. E agora tenho medo, porque não cessam, porque não param. Vivo num mundo à parte, muito longe do lugar-comum, transpirada de sol, apaixonada e cheia de versos subliminares, de tules e asas
(Mara Araujo)
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