sexta-feira, 11 de junho de 2010

cão caminhando sobre um muro de nuvens







Hoje um pouco triste...
um estado de vida? Sim!
Folha pendida no vento dos campos intocados...
ocaso, lembrança, minha,
de Friedrich W. Nietzsche,
de ninguém, de você que prepara
o alicerce da casa e as camas

Mar sem dono,
cão caminhando sobre um muro de nuvens,
leão de chamas azuis douradas
acesas por esse poema

Choro, o choro de todos,
das aves e seus filhotes,
dos ursos ocultos nas cavernas
de nossas almas metálicas mergulhadas no inverno

Aquele continente de gelo boiando sobre o sal das águas,
sou eu e minha angustia inesplicada e profunda

A tristeza vos confesso, não é de tudo ruim,
para os pequenos poetas(sou um deles),
representa um portal,
uma passagem, um furo nas imagens foscas
que me trazem o rosto do aliado Eriberto Leão
(que até o dia de hoje não me mostrou as prometidas
gravuras de Willian Blake
que me disse possuir)

Hoje um pouco triste...
um estado de vida? Sim!
Folha pendida no vento dos campos intocados...
ocaso, lembrança, minha,
de Friedrich W. Nietzsche,
de ninguém, de você que prepara
o alicerce da casa e as camas

(edu planchêz)

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