sábado, 1 de maio de 2010
por meu general poeta, por minha rainha puta
"...De sorte que Alexandre em vós se veja,
em à dita de Aquiles ter inveja."
( Camões)
Alexandre: "Ele foi uma desses homens raros,
que cortaram os céus da História
com a luminosidade dos meteoros e,
para o bem ou para o mal,
deixam suas vidas gravadas na imaginação dos povos."
(Paulo Mendonça)
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Se oceano é o limite extremo de todas as terras,
eu o quero,
quero porque além dele, nada!
Do mar Egeu ao Indo,
do Cáspio às cataratas do Nilo,
da baia de Guanabara à ilha de Páscoa,
ir com a rapidez fulgurante de um relâmpago
Diante da morte de Platão,
o mar e o meu antigo espírito,
as sombras solares da Grécia
e as lágrimas chuvas
dos que nunca ouviram nossas vozes
Partiria para as batalha de Alexandre
com o leão de fogo nas costas
e uma matilha mal assombrada
A efêmera chuva dos efêmeros triunfos
de meu general
troteia por nações impensada,
por calendários fatídicos,
por arcos do triunfo,
pelo incessante aguaceiro,
pelo sangue dos que jogaram-se
para sempre nos sumidouros da história
Vem ave de pano, vem nave de velas,
vem de mim mesmo lanças e flechas incendiárias
Se rasgo o rosto, a carne das pernas,
os ossos do fêmur...
é por meu general poeta,
por minha rainha puta
(edu planchêz)
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