domingo, 28 de março de 2010

no berço dos colibris de abril



Palavras prênhes
me fazem grávido
de palavras crianças,
de palavras gametas,
de palavras fetos

O coração da via láctea rasteja
pelas beiras da casa
e eu e meus amores saudamos
a pátria que ainda está para nascer
no berço dos colibris de abril

eu que sou tão poeta,
eu que ilumino
as coisas com o giz de diamantes...

você rezando a reza
dos pavões esverdeados
para que o trigo do pão nosso
cresça para sempre
cobrindo nossos pés

meu dom de realinhar o eixo
do planeta em chamas
vem de você,
vem de Homero e Dante

(edu planchêz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário