domingo, 15 de março de 2009

SONHO ORQUESTRAL



Passei quase que diariamente invocar
os santos do CVV
Pousariam borboletas físicas
sobre os galhos da minha santidade?

A Lei das Leis sabe o que estou fazendo
e mesmo que não saiba,
mando bala na batida
mais que quente dessa fantástica RJ

A cidade manifesta suas quedinhas por mim,
o Rio de Janeiro é uma fêmea,
e eu, o decote de seu umbigo

Nenhuma vaidade invade
o conforto de meu sono orquestral
Nunca deixarei os trejeitos de mandarim

A virada do milênio já acontece
nos acordes azeitados
de Djavan via Santana

Terceiro Milênio,
não sei o que pode acontecer,
mas ouço vozes
bastante felizes em plena combustão

O poeta destinado ao fogo dos fogos reacende
e reacende com vontade de dançar e dança
a dança poderosa da alegria
cuspida pelo milagroso rock roll


Bob Marley-vale-de-rios e animais
extremamente libertos
nos visitam não só aos domingos
E as missas deixarão as igrejas
calando para sempre em copos de polvora
os reis pregadores da mentira

Rogo para as minhas minúsculas mãos
assumirem de uma vez por todas
o reinado desse corpo adorado

Adorado Antônio Eduardo,
outro dia o sol batia nos tijolos de teu rosto
esporrando as manhãs
E será que você via?

Bob Marley-vale-de-rios e animais
acena com seus dedos gigantescos
dando passagem ao novo homem(eu)
bem formado entre as ossadas

(edu planchêz)

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