domingo, 15 de março de 2009

O CORAÇÃO DO MEU ESPÍRITO


Bem ali uma rua nasce
E eu que falo de nascentes
gostaria de fazer brotar as folhas que me faltam
Falo tanto de nascentes...

Permita-me você que getilmente me ouve
as águas em mim se acalmarem

Prometo ser lavrador de ocidentes e orientes
Enegrecida alma de nata tenho

Melhores rostos encontrarei
para esquecer os doloridos dias em que a memória
prefere a borracha

Melhores beijos, sempre!
Divido o limbo de meus lábios
com as folhas,
adentro-me mais ainda na velhice

Velho de tudo
choromingo com os cachorros

Me entreguei nas linhas anteriores,
mas nego profundamente...
Lamber, continuar lambendo
as unhas dos crocodilos

Desconheço a cara dessa coisa
que insiste arranhar sem tréguas
o coração do meu espirito

(edu planchêz)

Um comentário:

  1. "Desconheço a cara dessa coisa
    que insiste arranhar sem tréguas
    o coração do meu espirito"; adorei...tb não sei q cara tem..mas melhor deixar pra lá....kkk..bjs

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