domingo, 23 de maio de 2010

para no ventre teu desenhar uma floresta, um patano e os jardins suspensos da Babilónia carioca





Passando meu corpo pela argola
que representa a morte
e todas as outras datas da existência...
para nu sobre os postes das luzes da alma-sino-que-todos-tocam
gemer a última composição de meu cérebro temperado
com o limão das histórias ultra fantásticas
de Jorge Luiz Borges e de Charles Anjo 45

A minha e a tua vasta pontaria acertaria uma maçã
na mais longínqua estrela doutro sistema
burlando para sempre os dotes
do fiel atirador do barão de Munchausen

Passo meu dedo pela argola
que tens sob a calcinha
para no ventre teu desenhar uma floresta de tulipas,
um patano de apinhado de lótus
e os jardins suspensos da Babilônia carioca

(edu planchêz)

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