terça-feira, 11 de maio de 2010
Atado à célula onde todos os pensares se encontram
No lado leste da bunda,
no lado leste da serra da mantiqueira...
à qualquer lado das distâncias inventadas
pela falta de tempo, pela exorbitante caravela
que suponho ver no mapa do mar do além
das terras do nunca e do sempre
Escrevo esses versos sem pensar pensando
porque sou o pensamento
do teu pensamento
e não sou
Atado à célula onde todos os pensares se encontram
porque sou poeta descendente de Virgílio e Dante
Contemporâneos irmãos e irmãs,
criaturas do pretérito mais do que perfeito,
futuros descobridores de coisas
que o pensamento jamais tocou...
estamos por ai,
por essas casas, por essas ruas,
pelas capitais e interiores
Somos um em mil, mil em cem,
mais do que todos os raios que o sol da Via lactea
despejou sobre as cabeças de todos
os viventes e não viventes
desse tempo e de outros tempos
Faço a minha parte
escrevendo sem pensar e pensando
em tudo e em nada
Se quiser tente seguir esse meu raciocínio,
ou o descarte-o
( edu planchêz)
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