terça-feira, 27 de abril de 2010
para os filhos de nossos filhos
As pessoas sempre esperam
que eu escreva coisas profundas...
O que seria nesse hoje o profundo,
abismal, o que nos remete ao céu extremo
e ultrapassado pelas naves e não naves
dos futuros antepassados?
Vejamos se vejo algo e esse algo me vê...
lembro que os animais escalaram as montanhas
bem antes da chegada do tsunami
Lembro e esqueço que fiquei com vontade
de meter a mão dentro da tua blusa
E essa poesia paleolítica kalyuga
que distribuo para os que percebem
nos "brancos dentes do mundo"
a última parte da história
que juntos contamos
O terra nos reserva uma cova
e um cajado de jóias incrustadas
E foram tantos os faraós e os príncipes...
mas nenhuma novela contada pelo tempo
é mais sublime que a história
que contaremos para os filhos de nossos filhos
(edu planchêz
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