quinta-feira, 29 de abril de 2010

CHÃO DOS MARES




Não quero a luz do sol no dia de hoje,
preciso me ver,
provar o sol interno,
construir com o coração pintor
um novo desenho,
um novo cenário,
uma nova cidade para eu
e os meus caminharem

Provo por esse agora o mundo dos morcegos,
das mariposas...
e dos outros seres das sombras-semi-sombras,
dos quelônios...
dos que se guiam pelos radares das coisas
e pelos sentidos ocultos

Eu não estou existindo
apenas venho fazendo as coisas
de formar mecânica,
tráfegando sem sentido pelo planeta

No dia de hoje, casa fechada,
cortinas idem,
respirar o ar que vem de dentro,
respirar o sono e o despertar
do vetor fabricante de estrelas
e insetos

Não me reconheço nessas ruas,
não me reconheço nesse hoje
sendo um membro da sociedade humana

Mas estou bem.
no silêncio,
no fundo do céu,
no chão dos mares

(edu planchêz)

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