sábado, 27 de março de 2010

a quebra das Torres liberta o rock e a poesia do rock





ruim ter que separar-me de pessoas de forma traumática,
fica um sentimento fel de abelhas,
choro empoçado,
dedos colados com cola de aço

complexo mesmo explicar e viver um momento desses...
mas a relação estava insustentável,
ambas as partes não se suportavam mais,
não havia mais liga,
desrespeito total

que ambos ( eu e ele) sigamos bem,
trabalhando, convivendo com os pares certos

a poesia pode costurar essas veias quebradas,
ela é humana, produto do homem para o homem

mas a dor de ter brigado,
atacado e ter sido atacado,
corroída nas vísceras da arte é amarga

mas sinto que a cisão provoca um libertar,
um nascer doutra situação,
doutras uniões,
o símbolo é a famosa torre do baralho de Marselha

uma castelo de mentiras construído com o insuportável
se mantinha em pé por força do medo
e dos interesses individuais

a quebra das Torres liberta o rock
e a poesia do rock

muitas quebras se deram no passar da história
e deles brotaram o novo,
que o novo brote dessas cinzas nossas

que a música do novo mundo
seja reinante nas cabeças

( edu planchêz)

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